Apesar de ser Educadora de Infância há mais de trinta anos e de sempre ter proporcionado às crianças que brincassem, o contacto com o Brincar com Tralha é recente.
Mérito do entusiasmo de quem me pôs a par desta dinâmica, depressa percebi que não era só estar a olhar/ver crianças a brincar…
À medida que mais sabia, mais crescia a vontade de encontrar um espaço de brincadeira com tralha, na rotina diária das crianças, no Jardim de Infância onde trabalho.
Pedi mais informação sobre os materiais que devia/podia utilizar e comecei a recolher e a guardar – caixas de cartão, tecidos, uma mala velha… na sala de atividades já tinha trapilho, fita-cola, tesoura e giz.
Fiz uma/duas experiências (chamo-lhes assim pois tinha pouco material e ainda a experimentar…) e logo me entusiasmei com a forma como as crianças utilizaram os materiais!
Contudo, veio o Covid-19, a suspensão das atividades letivas, o confinamento…
Mas, nas suas diferentes formas de lidar com a situação, o Brincapé promoveu uma formação sobre o tema, na qual me decidi inscrever.
Entretanto, recomeçaram as atividades letivas presenciais para a Educação Pré-Escolar a 1 de junho.
Apesar das novas regras de convivência e de distanciamento social, decidi implementar no meu Jardim de Infância a prática diária de Brincar com Tralha: os materiais estão no hall de entrada e as crianças escolhem o que querem levar para brincar no exterior.
Tornou-se um momento ansiado por elas que constantemente me surpreenderam com as atitudes, funcionalidades atribuídas, relações desenvolvidas.
A formação foi muito interessante, pela informação e pela partilha. Foram-se dissipando as dúvidas e adquirindo maior confiança.
Durante este processo comecei a desenvolver uma necessidade de recolher e guardar tralha, pois também me disseram ser normal esta atenção para com os objetos e materiais que possam ser utilizados nesta atividade.
A partir de agora acho que vou ter sempre presente a prática de Brincar com Tralha na rotina das crianças e do Jardim de Infância. Obrigada especialmente à Maria João do 1,2,3 Macaquinho do Xinês!
Maria Emília Coelho (Educadora de Infância)
Eu amei ler essa fala sobre brincar com tralhas…lembrei do tempo em que trabalhei com educação infantil e na escola onde trabalhava, uma vez por semana, aconteciam sessões de psicomotricidade relacional com disponibilização/uso de diversos e diferentes materiais. Parabéns!!
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